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bicho do mato

Aqui fala-se de natureza, aves, bichos em geral e do que mais me passar pela cabeça

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04
Set20

Falsa liberdade

Há uns tempos, fui desafiado pela autora do blogue Liberdade aos 42 para escrever umas linhas sobre a liberdade. Isto foi o que "saiu"...

Águia-cobreira (Circaetus gallicus) IBA São Cristovão e Cabrela (25-04-2016) (8).JPG

Não creio, no sentido filosófico do termo, na liberdade do homem. Todos agem não apenas sob um constrangimento exterior mas também de acordo com uma necessidade interior.

Einstein

 

A expressão popular “livre como um pássaro” dá a entender que as aves são animais verdadeiramente livres, pois podem voar e estão libertas de convenções sociais limitadoras, como limites administrativos ou políticos. No entanto a sua liberdade não é absoluta… tal como quaisquer outros seres vivos, as aves estão sujeitas a imperativos biológicos e evolutivos. As suas vidas decorrem guiadas por condicionalismos como a necessidade de procriar, de migrar ou de proteger um território.

Já a humanidade tem tentado “evoluir” de forma a superar as suas necessidades primárias enquanto seres biológicos. Conseguimo-lo parcialmente, abandonando os nossos instintos, substituindo-os por preceitos sociais e morais, criando leis, regras e tabus. Libertámo-nos da nossa necessidade de migrar, aprendendo a moldar o ambiente aos nossos desígnios e criámos figuras de “autoridade”, como a polícia e os tribunais, para que cada um de nós não sinta a necessidade de defender o seu próprio território. A tudo isto ainda somámos uma nova dimensão: os anseios da “alma”… uma amarra muito pessoal, que condiciona de forma dramática o sentido de felicidade de cada um de nós.

 A nossa evolução enquanto espécie pode ter-nos granjeado um lugar semi-divino na ordem das coisas, mas levou-nos a trocar uns poucos grilhões biológicos por uma imensidão de prisões morais, legais, emocionais e filosóficas. Teremos realmente ganho algo com isso? 

 

Liberdade? Não… tal como o Albert, não acredito na liberdade do homem.

Eu

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