O saltitão vermelho
Extinto em Portugal no século XVI, o esquilo-vermelho encetou a sua re-colonização nos anos 90. Vindo de Espanha, a sua distribuição tem progredido deste o norte, tendo já sido observado a sul do rio Tejo.
Sendo o único roedor arboricola diurno da nossa fauna, este esquilo habita florestas de coníferas e compostas, o que lhe garante uma maior disponibilidade de alimento ao longo das estações. São animais omnívoros cuja dieta se baseia essencialmente em sementes de coníferas. No entanto, caso estas escaceiem, alimentam-se de cogumelos, flores, raizes, insectos, minhocas ou ovos.
Dada a sua facilidade em conviver com o ser humano, não é de estranhar vê-los a saltitar de árvore em árvore em parques ou jardins urbanos. Na década de 90 estes pequenos mamíferos foram introduzidos no Parque Florestal de Monsanto e no Jardim Botânico de Coimbra (1993 e 1994 respectivamente) locais que, em conjunto com a Tapada da Ajuda, proporcionam ainda hoje as melhores hipóteses de observar esta espécie.
Depois de ter já ter procurado sem sucesso observar este bicho na Ajuda, acabei por dar com ele num local onde eu não fazia a mínima ideia de que ocorria.
Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris) Óbidos (21-05-2017)