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bicho do mato

Aqui fala-se de natureza, aves, bichos em geral e do que mais me passar pela cabeça

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23
Mar18

O crescimento pelo conflicto

"Conflict is growth wanting to happen"
- Harville Hendrix, PhD.

 

A maioria das pessoas vê os conflictos como algo mau que deve ser evitado, mas fazê-lo pode significar o desperdício de uma oportunidade de aprendizagem... é no conflicto que ficam à vista as fracturas existentes nos relacionamentos inter-pessoais. Só assim se conhece a real separação entre os indivíduos e todos sabemos que é impossível construir pontes sem conhecer a distância que separa as margens.

 

À parte de teorias da psicologia organizacional, é comum vermos outros animais em conflito (inclusivamente físico). Haverá algo de construtivo a retirar de tais acontecimentos, ou somente representam uma manifestação de violência gratuita e caos? Pessoalmente tenho dificuldade em encontrar aleatoriedade nos comportamentos naturais.

 

É sabido que as lutas são uma das formas utilizadas pelas crias de predadores para desenvolverem as capacidades que irão no futuro necessitar. O confronto físico é também uma das formas de definir estruturas sociais em animais gregários e até de delimitar territórios.

Da confrontação, do desafio, do atrito, nasce organização e gera-se aprendizagem, crescimento e estrutura.

 

No caso destas gralhas, não sei a razão da sua "zaragata". Não me pareceram confrontos territoriais, estariam a brincar - estudos já demonstraram a capacidade dos corvídeos para a auto-recreação - ou estariam a esgrimir por questões de dominância dentro do grupo?

 

Aceitam-se opiniões. 

 

Gralha-preta (Corvus coroneEspaço Interpretativo da Lagoa Pequena - Sesimbra (01-11-2016)

 

[EN]

Growth by conflict

 

Most people see conflict as a bad thing to be avoided, but doing it can mean wasting a learning opportunity... conflict exposes the fractures in interpersonal relationships. This is the only way to know the real separation between individuals and we all know that it is impossible to build bridges without knowing the distance separating the banks.

 

Apart from theories of organizational psychology, it is common to see other animals in conflict (even physical). Is there anything constructive to learn from such events, or is it merely a manifestation of gratuitous violence and chaos? Personally I have difficulty finding randomness in natural behaviours...

 

It is well known that sparring is one of the forms used by predator cubs to develop the skills they will need in the future. Physical confrontation is also one of the ways to define social structures in gregarious animals and even to delimit territories. From confrontation organization is born. Challenge and friction generates learning, growth and structure.

 

In the case of these carrion crows I do not know the reason for their "ruckus". It did not seem like territorial clashes to me, were they kidding - the ability of corvids to self-recreation have been demonstrated by some studies - or are they arguing for dominance within the group?

Carrion Crow (Corvus coroneEspaço Interpretativo da Lagoa Pequena - Sesimbra - Portugal (01-11-2016)

09
Ago17

"Cantas bem, mas não m'alegras"

As vocalizações das aves, por muito canoras que possam ser, não devem ser associadas à arte musical.

O canto, o pio, o chilreio, o grasnar ou o crocitar servem propósitos biológicos e evolutivos que não passam pelo entretenimento, mas antes são uma ferramenta de comunicação básica com objectivos geralmente bem definidos como a atracção sexual, reconhecimento de membros da mesma espécie, alarme, identificação de progenitores/crias, etc. Embora possamos apreciar mais o belo canto da Milheirinha, igualmente importante é o chilrear do Pardal, o grasnar do Gaio ou até o "ladrar" do Garçote.

Ouvir as inconfundíveis vocalizações desta ave a ecoar na neblina matinal do sapal empresta sempre uma aura mística às minhas manhãs de observação, como que fazendo-me recuar no tempo até uma época em que o mundo era mais puro e selvagem...

 

ralha-preta (Corvus corone)Gralha-preta (Corvus corone) Quinta da Marialva - Seixal (19-10-2016)

Eu

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